Cross Country Maratona pode mudar cenário da CIMTB

 Cross Country Maratona pode mudar cenário da CIMTB

Alteração vai exigir mais dos atletas da super elite

 

Para os competidores da Super Elite este ano, além do Contrarrelógio, Short Track e Cross Country Olímpico (XCO), os atletas vão abrir a competição da segunda etapa, em Araxá, no dia 25 de abril, com o Cross Country Maratona (XCM). A mudança foi uma solicitação da União Ciclística Internacional (UCI). O atleta que fizer o menor tempo nos quatro estágios soma 160 pontos para o ranking mundial, sendo uma das três únicas do mundo com essa pontuação.

 

O XCM de 62 km começará em frente às termas, utilizará o percurso de XCO e mais um circuito de 16 km. Os atletas darão três voltas na pista no dia que abre a competição, que acontece entre 25 e 28 de abril. O líder do campeonato, Henrique Avancini, comentou que Araxá tinha uma característica marcante: uma prova Hors Class com menor volume de competições.

 

“Eram provas curtas e intensas, com essa nova regra da UCI acredito que isso mude a tônica da prova. Antes era a capacidade do atleta de acelerar de forma intensa, repetidos dias. Agora, são quatro dias de prova, além de ser um acúmulo diferente, o competidor terá mais volume no começo, o que tira muito essa capacidade de velocidade de alguns atletas e creio que isso trará alternâncias e variações em relação aos nomes que se destacam em Araxá”, comentou.

 

Avancini afirmou que isso pode exigir mais do atleta. “Eu acho que isso pode requerer do competidor outras qualidades e habilidades, além de uma preparação um pouco diferente para quem deseja desempenhar realmente bem a etapa de Araxá, que é sempre uma das principais provas do nosso calendário brasileiro”, comentou.

 

O competidor, atualmente em 3º lugar no ranking Mundial, comentou que após Petrópolis e outras competições na temporada, ele chega em Araxá diferente da primeira etapa. “Araxá eu encaro de outra forma, tem uma importância enorme como uma preparação competitiva para as Copas do Mundo que acontecem em maio. Vou competir com bastante seriedade, buscando ter um desempenho muito bom. Porque esse esforço competitivo tem um peso grande para o que eu pretendo construir para as Copas do Mundo que acontecem três semanas depois”, explicou.

 

No feminino, a líder Jaqueline Mourão, vai lutar para manter a camisa amarela, mas sabe que o XCM vai exigir mais da atleta. “Vamos ter que saber lidar com a intensidade de longa duração e de curta duração também. Em Petrópolis eu fiz um treinamento visando esse tipo de recuperação e vamos ter que dosar um pouco para concluirmos bem os quatro dias. Vai dar um tempero a mais para a competição que já é difícil”, afirmou.

 

Para a competidora, Araxá será uma prova importante para ela e para a nação brasileira de mtb. “Os pontos UCI dessa prova são muito importantes. Eu espero estar no ápice para representar bem minha equipe e conquistar pontos para a nação visando os Jogos 2020”. A competidora ainda ressaltou “Tenho pouca experiência nesse tipo de prova. No ano passado participei da Israel Epic e fiquei em quarto lugar. Vai ser mais uma experiência de provas de longa duração”, comentou.

 

O organizador, Rogério Bernardes, afirma que o quarto dia é um desafio a mais. “Estamos trabalhando em criar uma prova de Maratona no formato diferente, que seja dura e desafiadora para os atletas e que ao mesmo tempo que tenha interação com o público. Por isso, optamos por uma pista de 21 km aproximadamente, usando a pista de XCO para que o público consiga ver os atletas passando por pontos relevantes, como a Dona Beja”, disse.

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