Iepha-MG identifica casas e moinhos de farinha de mandioca e de milho

 Iepha-MG identifica casas e moinhos de farinha de mandioca e de milho

 

Cultura alimentar tradicional pode ser reconhecida como patrimônio de Minas Gerais até o fim deste ano. Mais do que uma reunião de pratos típicos, a cozinha tradicional mineira é parte da identidade social do estado. O inventário de farinhas de milho e mandioca em Minas Gerais já identificou, desde outubro do ano passado, mais de 300 casas de farinhas e moinhos espalhados por 200 municípios do estado. O cadastro pode ser feito por formulário disponível no site do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). O objetivo é identificar e inventariar os locais de produção, produtos e produtores de farinhas de milho e de mandioca, base da alimentação de grande parte dos mineiros. O estudo faz parte das ações para reconhecimento desses saberes como patrimônio cultural do estado.

 

O cadastro foi lançado durante as comemorações do Dia do Patrimônio Cultural 2019 – Cozinha e Cultura Alimentar e o relatório dele deve ser concluído no fim deste ano.

 

Desdobramento. A pesquisa é um desdobramento do inventário do Rio São Francisco, realizado em 2014. Nele, o instituto identificou uma série de práticas vinculadas à cultura alimentar daquela região. Segundo a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, desde então, o órgão tem promovido um aprofundamento das pesquisas dessas tradições culturais. “Com o inventário das farinhas de milho e de mandioca, o instituto joga luz no conhecimento da pluralidade que envolve esse fazer cultural no estado”, destaca.

 

Coleta de dados. Embora existam contratempos por causa do isolamento imposto pela pandemia de Covid-19, os dados levantados permitem analisar como essa produção ocorre no estado. Informações como tempo de existência, valor de venda, organização do trabalho, associativismo, entre outras, são enviadas on-line pelos produtores, que também inserem fotos dos processos produtivos. Após finalizado, o estudo será apresentado ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) para solicitar o reconhecimento como patrimônio cultural de Minas Gerais.

Outras Notícias