MG: nova projeção aponta pico da Covid-19 no final de maio

 MG: nova projeção aponta pico da Covid-19 no final de maio

 

Estudo demonstra desaceleração da transmissão do vírus e eficácia do distanciamento. As medidas de distanciamento social aplicadas em Minas Gerais têm conseguido atrasar a propagação do novo coronavírus e evitar a sobrecarga da rede de saúde no Estado, conforme é possível inferir da nova projeção para a curva epidemiológica de casos da Covid-19, divulgada nesta quinta-feira (16/04), em entrevista coletiva virtual concedida pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral e pelo secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral. Na ocasião, o gestor da Saúde Estadual também anunciou a inclusão do laboratório do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico, da Faculdade de Medicina da UFMG, à Rede de Laboratórios Públicos que farão testes para detectar a doença.

 

Em relação à nova projeção, o secretário Carlos Eduardo Amaral explicou que as estimativas da semana passada apontavam uma demanda de cerca de 5.500 pessoas acometidas durante o pico da epidemia, o que foi reduzido para cerca de 4.200, segundo o estudo atual. “Já distanciamos o pico para dia 27 de maio. O cidadão tem respeitado o distanciamento e se isolado. Isso trará benefício para toda sociedade”. A ocupação de leitos, em geral, por pacientes suspeitos para Covid-19 está em torno de 4%, no momento. Amaral ainda apontou que, neste momento, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais está finalizando a elaboração dos Planos Macrorregionais de Contingência para a Covid-19. “Nesses planos teremos definidos quais hospitais vão atender apenas aos pacientes de Covid-19, quais serão aqueles que vão atender as outras necessidades de saúde. Isso é importante, por exemplo, pois se a pessoa precisou ir ao hospital por outro motivo, ela não estará submetida a risco adicional para contrair a doença. Além disso, teremos protocolos sobre coleta de exames e outras especificidades no manejo clínico”, esclareceu.

 

Outro esforço lembrado pelo secretário é no sentido de ampliar a oferta de ventiladores pulmonares e equipamentos de proteção individual, contando com o apoio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, além do recrutamento de recursos humanos para fortalecer a equipe de profissionais de saúde da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

 

Cautela – Em relação às possibilidades de retorno de atividades não essenciais, o secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, apontou que ainda não são factíveis para o momento e que todas as medidas nessa direção serão embasadas por critérios técnicos e científicos. “Flexibilização ainda não é realidade. A solução incontroversa é o isolamento e distanciamento social. A epidemia nos impõe uma situação em que haverá distanciamento por algum tempo, ainda que com grau de menor intensidade. De todo modo, temos interlocução constante junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedese), para termos dados e, de forma segura, possamos indicar o que pode retornar ou não”.

 

O secretário adjunto também mencionou aqueles que compõem os grupos de risco em relação à Covid-19 terão atenção constante. “É uma tendência que exista esse distanciamento para proteger às pessoas dos grupos de risco, precisamos ter cuidado com essa parcela da população”. Cabral ressaltou que o Estado tem orientado suas ações por base em cooperação e que nos próximos dias, por exemplo, para os passageiros de transporte intermunicipal haverá medição de temperatura, como forma de monitoramento e controle da transmissão.

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