DPOC: doença pulmonar é extremamente frequente, mas muito pouco conhecida

 DPOC: doença pulmonar é extremamente frequente, mas muito pouco conhecida

Pneumologista da Unimed Araxá, Ana Cláudia Martins – Foto: Ascom Unimed

DPOC é uma sigla que significa Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, popularmente conhecida como enfisema pulmonar ou bronquite crônica. Ela é a doença pulmonar crônica mais prevalente entre adultos e é a terceira causa de morte de adultos no mundo. “A DPOC representa um grande desafio para a saúde pública tanto em sua prevenção, quanto em seu tratamento. A doença se caracteriza pela obstrução persistente do fluxo aéreo”, explica a pneumologista da Unimed Araxá, Ana Cláudia Martins.

A doença, ainda segundo a médica, é mais comum em pessoas acima dos 50 anos e é causada por inalação de fumaças e poluentes, especialmente associada ao tabagismo ativo e passivo, inalação de fumaça de fogão de lenha, inalação de fumaça em incêndios, além de causas genéticas e infecções. Os sintomas mais comuns são tosse persistente, pigarro e falta de ar. “A gravidade dos sintomas varia com a severidade da doença. Em seu início nem sempre produz sintomas ou produz poucos sintomas. Por ser uma doença lenta e que acomete pessoas mais velhas e muitas delas fumantes, os sintomas inicialmente podem ser interpretados como sendo causados pela idade, sedentarismo e mesmo pelo próprio tabagismo”, alerta.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para que se possa impedir a progressão dessa doença que, em fases avançadas, gera grandes limitações devido à falta de ar, limitando muitas vezes movimentos simples e diários como um banho ou até mesmo o caminhar dentro de casa. “Por isso recomenda-se uma avaliação de pacientes acima dos 50 anos e que tenham histórico de exposição de fumaças. O diagnóstico é realizado através de um exame denominado espirometria”, explica Dra. Ana Cláudia.

Tratamento

A DPOC é uma doença crônica e de caráter irreversível, ou seja, não tem cura, mas tem controle. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, menos impacto na qualidade de vida do paciente. “O tratamento envolve além de medicações específicas, a cessação do tabagismo, vacinas pneumocócicas e influenza, além da vacina do COVID e discute-se atualmente também a vacina contra coqueluche.  Parte importante do tratamento do DPOC é a reabilitação cardiopulmonar, que é um programa que inclui treinamento físico, educação e alteração de comportamento, com a finalidade de melhorar as condições físicas do paciente. Em casos muito avançados, o paciente pode necessitar também de oxigenioterapia suplementar, o que reduz as exacerbações (crises de falta de ar) e melhora a qualidade de vida”, ressalta.

Prevenção

A prevenção dessa doença passa por evitar a exposição a fumaças e, especialmente, evitar o tabagismo. Caso já fume, a interrupção do tabagismo sempre trará benefícios, como impedir ou estabilizar o DPOC, que tem um caráter progressivo. “Com ênfase na prevenção das doenças respiratórias, no dia 31 de maio, foi comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. Na ocasião, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e a OMS realizaram ações sobre o impacto ambiental dos produtos do cigarro, assim como mantêm a campanha contra a comercialização dos dispositivos eletrônicos para fumar”, finaliza Dra. Ana Cláudia.

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